Durante o parto, a paciente fica relaxada, envolvida, no controle, conversa e plenamente consciente da experiência. A paciente terá consciência das contrações e flutuará através destas sensações, usando um relaxamento profundo, respirando normalmente e provocando a liberação dos analgésicos naturais do corpo, as endorfinas. A noção da perda do medo é o fator crucial na aplicação de hipnose obstétrica. O medo ativa o sistema nervoso que produz adrenalina tendo como consequência que o colo do útero fica apertado (para evitar que o bebe venha a nascer onde ele não estiver em segurança). O nível aumentado de adrenalina neutraliza a oxitocina, o hormônio responsável pela estimulação de contração do útero

e das endorfinas, provocando a desaceleração (e às vezes até a parada) do processo de parto.

        Sentir medo durante o parto faz com que o batimento cardíaco aumente, a respiração fique mais rasa e rápida (assim reduzindo a quantidade de oxigênio no corpo da mãe e do bebe). O coração bombeia o sangue mais rápido no corpo e aumenta a pressão arterial, direcionando o sangue para os membros e não o útero, essencialmente para a preparação da “ação”. Toda a preparação para esta “luta ou fuga” usa uma quantidade grande de energia e nossos corpos foram preparados para terem estas sensações, só para um curto período a cada vez, sendo que o fato de ficar neste estado de excitação por um tempo prolongado pode ser exaustivo e até perigoso.

        A hipnose gestacional é novidade no Brasil, porém já muito difundida em Países como Estados Unidos e países europeus. Somos pioneiros no uso da técnica.

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Alberto Dell'Issola